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Obsidade / Cirurgia Bariátrica
Obsidade / Cirurgia Bariátrica
CIRURGIA BARIÁTRICA
FIM DA EXCLUSÃO, REVELANDO UM OUTRO “EU” UM NOVO ESTILO DE VIDA
A obesidade é uma síndrome multifatorial que consiste em alterações fisiológicas, bioquímicas, metabólicas, anatômicas, além de alterações psicológicas e sociais; embora as causas da obesidade grave sejam desconhecidas, o fator determinante é a ingestão da quantidade de alimento maior do que aquela que o organismo pode metabolizar e usar; o excedente é armazenado em forma de gordura e reserva; porém há um consenso da comunidade médico-científica que existe uma predisposição genética para a obesidade. A obesidade é um problema mundial e multifatorial que vem se destacando na atualidade, onde grande parte da população se encontra neste estado, e sofre com as exigências da sociedade; pois além de doenças associadas, há outras consequências relacionadas à obesidade: social: problemas de relacionamento afetivo com a família, amigos, ambiente de trabalho, (tendo o obeso dificuldade para arrumar e ou se manter em emprego), higiene, aparência cuidados pessoais, problemas para se vestir encontrar roupas adequada ao tamanho, alto custo das vestimenta. Psicológicas: depressão, distúrbios emocionais, baixa autoestima, problemas no relacionamento afetivo, na autoimagem, aparecimento de compulsões, fobias sociais e agressividade.
E a cirurgia bariátrica surge como uma alternativa, para quem já tentou todos os tipos de tratamentos que envolvem dietas, medicamentos que reduz o apetite, e obtiveram pouco ou nenhum resultado; porém a cirurgia é apenas uma técnica para diminuição de peso e não a cura das causas primárias da obesidade mórbida. O sucesso deste procedimento está atraindo grande parte da população obesa, que vê na cirurgia uma forma rápida de perda de peso com consequente melhora da autoestima e relações sociais.
A obesidade é um fator discriminatório e traz consequências negativas sobre a saúde física e psicológica do individuo; provocando sentimentos de rejeição, vergonha, a culpa, o isolamento daqueles que não correspondem aos padrões; pois ser obeso é ser preguiçoso, feio, predisposto às doenças, e esses rótulos influenciam diretamente no surgimento de transtornos alimentares; funciona muitas vezes como um falso self mental e corporal, que protege um verdadeiro self frágil e mal estruturado, atribuindo-se a isso a enorme dificuldade de emagrecimento em alguns pacientes. Há uma grande preocupação dos pós-operados, por exemplo, pelo medo de comer e engordar e ou a não adaptação à nova imagem; pelo menos 20% dos pacientes que se submeteram a cirurgia bariátrica apresentaram problemas psicológicos, o que desperta grande preocupação, pois não são poucas as pessoas ansiosas, deprimidas e compulsivas que se não acompanhadas por um profissional de saúde mental, tendem a desenvolver outros transtornos. Muitas vezes após a cirurgia, o acompanhamento psicológico é deixado de lado pelo paciente que, mesmo sendo orientado por toda a equipe multidisciplinar sobre a importância do seu acompanhamento no processo pós-cirúrgico, o paciente acredita que isto só servirá como uma maneira de dar dicas sobre como ser magro; porém, o objetivo principal, na verdade, após a cirurgia é propiciar o processo de adaptação da operação ao modo de vida do paciente, as informações ditas de forma clara sobre a importância deste processo podem ser cruciais para que o ex-obeso, realmente, adapte-se à nova vida sem sofrimento, entendendo o papel da comida em sua vida, e principalmente, como vencer eventuais frustrações sem precisar dela como muleta. A troca de compulsão é um dos fatores típicos de problemas psicológicos porque apesar de ser ótimo para autoestima emagrecer vários quilos e deixar de ser visto como obeso a compulsão pela comida continua no cérebro; a troca de compulsões não é um perigo restrito à operação; pessoas com distúrbios alimentares mudam de compulsões ou somam mais de uma com cada vez mais frequência.
Os transtornos psicológicos mais frequentes em pacientes candidatos a cirurgia bariátrica são os transtornos de humor; sentimento vago de não ser capaz de realizar nada, abandono, rejeição, vergonha, raiva, ansiedade, angústia, depressão e do comportamento alimentar (transtorno alimentar compulsivo e a síndrome da fome noturna). É importante o acompanhamento pós-cirúrgico dos pacientes com estes transtornos, uma vez que existe a possibilidade destes problemas evoluírem causando angústia e agressividade, sendo o suicídio um agravante. Estudos apontam que os pacientes que fazem todo o processo pré e pós-operatório indicado pela equipe multidisciplinar apresentam melhor qualidade de vida, se sentem mais capazes para trabalhar, realizar atividades físicas, se relacionar socialmente e têm a vida sexual mais ativa. Isso ocorre devido à melhora na autoestima (autoestima= opinião e sentimento que cada pessoa tem por si mesma), onde a pessoa se sente mais bonita, tem mais segurança, sente-se bem com o seu corpo e perde a vergonha de se mostrar, com a perda de peso recuperaram a saúde eliminando doenças associadas, mudam seu retrato mental; permitindo que convivam sem o peso da exclusão.
Obeso não tem identidade, é ponto de referência, perde o nome é apenas a gorda, o gordo; o obeso muitas vezes precisa de socorro, pois têm o desejo de se libertar de uma vida aprisionada, enquanto obesos não apenas a sociedade os descrimina, mas eles próprios se rejeitam enquanto pessoas normais com capacidade; as maiores torturas se passam dentro de sua própria mente.