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Diagnóstico do Autismo - Avaliação Neurológica

Diagnóstico do Autismo - Avaliação Neurológica

                                               Diagnóstico do Autismo

O diagnostico do autismo é clinico, depende de uma minuciosa avaliação comportamental da criança e de entrevista com os pais. Os profissionais de saúde; médicos, mais indicados para realizar essa avaliação são psiquiatras especialistas na infância e adolescência, neurologistas da infância ou neuropediatras.

Como é feita  a  Avaliação Neurológica no TEA ?

Como sabemos o TEA é um transtorno complexo do neurodesenvolvimento, com sinais e sintomas variados. Durante a avaliação diagnóstica de um indivíduo com suspeita de TEA, o neurologista infantil poderá auxiliar no diagnóstico etiológico. Para estruturar o raciocínio diagnóstico será necessário uma anamnese detalhada que deverá incluir desde o histórico familiar: presença ou não de consanguinidade, se há algum familiar com sintomas semelhantes e qual o grau de parentesco deste familiar.

Quanto à anamnese do indivíduo, deveremos iniciar pela gestação, interrogar se foi planejada ou não, se houveram intercorrências, em qual período da gestação as intercorrências ocorreram, como foram conduzidas essas intercorrências. A seguir, vamos interrogar sobre o parto e o período neonatal. Saber se o parto foi prematuro, por causas maternas ou fetais; se o recém-nascido necessitou de internação logo após o nascimento, qual o motivo e por quanto tempo foi esta internação. Após a alta do berçário, como o recém-nascido evoluiu em casa, por exemplo, se conseguia se alimentar sozinho e se teve um ganho pondero-estatural adequado.

Ao completarmos esta parte da anamnese deveremos nos dedicar ao interrogatório minucioso do Desenvolvimento NeuroPsicoMotor  (DNPM).  Para avaliar o DNPM, a escala de desenvolvimento de Denver II, é o instrumento mais usualmente aplicado no Brasil, e refere-se a um instrumento de rastreamento do desenvolvimento da criança, para evidenciar possíveis situações de risco e então acompanhar a melhora ou não da criança. São avaliadas quatro áreas: motor-grosseiro, motor fino adaptativo, linguagem e pessoal-social, com testes específicos para cada faixa etária.  Ao concluir a avaliação do DNPM poderemos identificar se há um atraso no desenvolvimento, em qual área ou áreas é este atraso, e se o atraso ocorreu desde o nascimento ou se inicialmente a criança teve um DNPM adequado e então evoluiu com uma regressão, e nesta situação podemos identificar com qual idade esta regressão se iniciou. 

Ao concluir a anamnese outro ponto importante na avaliação feita pelo neurologista é o exame físico e neurológico do indivíduo.  Sabemos que os indivíduos com TEA têm uma grande dificuldade de interação interpessoal  assim como outros indivíduos com comprometimentos neuropsiquiátricos diversos, logo, é essencial observar este indivíduo durante a conversa com os familiares, avaliar como ele interage / reage aos pais ou cuidadores, assim como qual sua interação com o meio e com o examinador.  Durante o exame físico geral deveremos aferir peso, estatura e perímetro cefálico; e observar a presença de dismorfismos, alterações da genitália, assim como alterações na pigmentação de pele e cabelos.

Ao realizar o exame neurológico, duas situações que devem ser excluídas, principalmente em crianças pequenas, especialmente nas menores de 6 meses: déficits auditivo e visual. Quando há a suspeita de déficit sensorial , muitas vezes o neurologista necessitará do apoio diagnóstico de um especialista, como um otorrinolaringologista ou um oftalmologista.

Ao concluir o exame neurológico, o neurologista poderá definir se há comprometimento neurológico ou somente um atraso do DNPM, e deverá associar estes achados aos dados da anamnese, definindo qual o comprometimento do indivíduo e para poder conduzir a investigação diagnóstica.

 Quanto mais cedo for dado o diagnóstico, melhores serão as possibilidades e oportunidades de tratamento para a criança. Portanto, a identificação precoce, deve ser a regra.